terça-feira, 11 de maio de 2010

É NORMAL SER DIFERENTE!

Perguntavam-me se seria anormal ser igual? E certamente respondi que seria uma excepção, tudo porque desde que me conheço como pessoa, não me lembro de encontrar uma coisa igual a outra ou mesmo outra coisa igual a uma, embora se possa as vezes falar em alguma semelhança.
Não me lembro onde ouvi, mas repito como um disco riscado, que todo ser humano é único e irrepetível. Daí que acho estranhíssimo, que nos espantemos com as diferenças alheias – esquecendo as nossas – na verdade, só o que é nosso é normal o resto é estranho.
Normal é o que está na norma, mas as categorias normativas não são verdades universais estanques, o mesmo é dizer que não são as mesmas em todos os lugares, em todos os tempos, para todas as pessoas. Por isso mesmo acho muito difícil que se defina uma normalidade que seja chinesa e zairense, miúda e graúda, analfabeta e letrada, ateia e crente… Nem mesmo os gémeos univitelinos também chamados verdadeiros, campeões das parecenças e similitudes conseguem fugir a esta diferença normal. Porque embora se defendam as diferenças como resultando de critérios, tais como, a igualdade de oportunidades, circunstâncias, ambientes, a forma como cada um apreende é sempre distinta.
O próprio princípio da igualdade já se entende como sendo o tratamento igual à situações iguais e desigual a situações desiguais. Parece uma verdade de compreensão algébrica, mas não, é só pensar no homem e na mulher que são naturalmente distintos e permitam uma comparação grosseira mais igualmente verdadeira um deficiente físico e uma pessoa sem deficiências ou ainda branco e preto também não são iguais, é notório e indiscutível.
São essas diferenças que trazem ao mundo a diversidade para progredir, outra verdade é que, ser diferente não significa ser necessariamente contrário, a igualdade formal deve ser aplicada a cada caso concreto, só assim se justificam as licenças de parto para as mulheres, o contrário seria estranho, mais propriamente uma diferença do tipo anormal.
Voltando a polémica cromática do preto e branco, reforço a sua diferença, não por assim dizer numa base discriminatória racial, mas tão-somente assente nas características individuais, só os cegos não vêm isso. Outra verdade é a de que tais diferenças não fazem uns melhores que os outros, pois o critério de qualidade deve ser eleito em padrões de comparação virados para a mesma finalidade.
No parágrafo anterior entrei numa discussão que eu acho que encerra com uma frase estereotipada: todos iguais, todos diferentes. Para dizer que embora sejamos todos diferentes e isso é normal, a riqueza está nisto mesmo, na nossa contribuição com aquela característica singular a cada um, sem que alguma seja melhor que a outra, são iguais na medida, diferentes e necessárias.
Mas se eu fosse, alto, moreno, porte atlético não faria mal nenhum, só que ao mesmo tempo não seria o Adalberto, seria qualquer outra pessoa e desculpem mas sou felicíssimo em sê-lo, não me imagino outro que não eu e fico tão orgulhoso por não haver concorrência neste sentido.

Beijos e abraços,
Nobre Cawaia

4 comentários:

  1. Caro nobre, venho atravez deste parabeniza-lo e confirmar em parte tudo que escreveste nesta nota que é bem verdade. No mesmo calor gostaria somente somente de propo-lo, ou melhor, desafia-lo a rabiscar sobre "o normal e o patologico dentro da diferença saudavel", em funçao das tendencias sexuais bizarras que a globalizaçao ousa trazer para angola.
    Paz e Amor
    Sempre Dionísio CQCQ

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  2. Oi Cawaia demorei mas cheguei, e isso é que faz a diferença!
    Devo antes parabeniza-lo por mais essa reflexão convidativa continue!!!!!
    Concordo contigo quanto a normalidade da diferença, isto só me coloca na posição de admirar Deus! Como todos nós, criados por Ele e sermos assim tão diferentes! Ou seja, diferentes e iguais! Somos iguai em determinadas coisas e diferentes em outras! Parece ambiguo o que eu disse pois não? Explico-me: Em termos comportamentais somos diferentes (sem entrar nos elementos identificadores-impressoes digitais, e ADN OU DNA ....depois corrijam-me) mas em termos fisiologicos somos iguais até um certo ponto....Temos linhas de convergência onde a igualidade é e deve ser normal, mas em termos comportamentais somos diferentes e isso é o naormal mas, atenção.......Fazemos diferença dentro de um padrão ou uma linha que em principio deve ser igual por todos!

    Desculpem-me não quero ferir sensibilidades mas não aprovo, não aceito e nem me obriguem a respeitar a mania de fazer coisas que até são contra a natureza sob protesto do direito a diferença ou mais lindamente falando o direito a liberdade de escolha.....Falo do homosexualismo-lesbianismo, "zoofilia", nudismo, e outras formas mais sofisticadas que o homem encontra para contrariar Deus e a natureza com fundamento do direito a diferença!!!!

    Diferença, sim, mas aberrações, não! Há padrões gerais que nos colocam numa igualdade não absoluta que permite a convivencia social!

    Um abraço Cawaia e outros Kambas!

    Por: Álvaro

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  3. Talvez não deixado claro, mas é verdade que apesar das diferenças, temos também muitas parecenças. E certamente essa diferença como tudo tem um limite cujo critério deverá ser o mais geral possível. De qualquer forma obrigado Álvaro, Dionísio quando poder farei um segundo texto abordando coisas que não apareceram neste. Somos feitos a imagem e semelhança de Deus, daí a riqueza do nosso ser, embora pecadores lavados com o sangue de Cristo.

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  4. Acho bom sermos diferentes. Seria bwe aborrecido se fossemos todos iguais.... Acredito que o facto de sermos diferentes ajuda as nos sentirmos completos quando encontramos aquele super amigo, ou a(o) namorada(o) ideal.... enfim.

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