quarta-feira, 16 de março de 2011

Redes Sociais Virtuais

Nos dias que correm é difícil imaginar uma vida sem televisores, leitores de multimédia, câmaras fotográficas, consolas de videojogos, telefones móveis, computadores e a internet que no seu conjunto nos apresentam as famosas Tecnologias de Informação e Comunicação que assentando em pressupostos de facilidade de criação, tratamento, armazenamento e transmissão da informação mudaram a forma de pensar e fazer o trabalho e o entretenimento humano, a sua utilização é factor de desenvolvimento.

O valor destas desde a ciência à arte, da educação ao entretenimento, do desporto à técnica é claramente indiscutível, porque a entrada dos processos automáticos de geração de informação, a destacando o computador como principal elemento deste conjunto, aumentaram a quantidade de informação, a qualidade, a rapidez de troca e encurtaram distâncias, trazendo eficiência e competitividade aos mercados.

Aos computadores que criavam, tratavam e guardavam a informação, acrescentou-se-lhes a capacidade de transmissão de qualquer lugar a qualquer hora ligados a uma rede mundial, surge a internet, que com o contributo de Tim Berners-Lee com a sua World Wide Web democratizou o seu uso, embora a ideia inicial fosse somente a troca de informação entre estudiosos da física.

Hoje a realidade da internet é tão presente e frequente, que mais do que existir nas nossas vidas, cria um mundo virtual paralelo, em que quase todos aqueles que ignoram tal realidade ficam de fora dos portais, endereços de email, canais de busca, mensagens instantâneas, blogs, wikis, mercados on-line, partilha de ficheiros P2P, bate-papos, bolsa de valores virtuais, imprensa online e as tão em voga redes sociais virtuais.

MySpace, Hi5, Badoo, Twitter e Facebook são nomes tão correntes no vocabulário do homem médio, deixando de ser interesse exclusivo dos entusiastas da internet, passando a ser uma extensão da vida social, um espaço de socialização mesmo que virtual de fazer e manter amigos, recordando aquela ideia do homem ser social que já não se confina a um espaço geográfico. Nas redes sociais virtuais encontramos, fazemos e mantemos velhos e novos amigos, parentes, colegas, namorados e até relações profissionais, através do poste de fotos, vídeos, música, notas a que os nossos amigos acompanham e comentam.

São dos sites que mais crescem tanto que no ranking da Alexa, o Facebook só perde pela Google em quantidade de acesso, com os seus usuários estimados em 500.000.000 segundo a Wikipédia, valendo-lhe uma excelente produção de Hollywood com o longa-metragem, A Rede Social, tornando Mark Zuckerberg o multi-milionário mais jovem segundo a Forbes com uma fortuna avaliada em 6.9 biliões de dólares, e rendendo-lhe o título de figura do ano pela Times magazine.

Para o angolano, mais do que meros usuários destes websites, já se vai entrando também como anunciantes e formadores de grupos e defensores de causas.

Mas nem tudo são rosas neste mundo que torna as pessoas cada vez mais ociosas e fúteis, resumindo a vida num conjunto de fotografias tiradas em momentos as vezes inglórios, limitando a privacidade e algumas vezes descambando em episódios de roubo de identidades e abrindo brechas na própria segurança dos sistemas, trazendo vírus, spams e hackers para as nossas máquinas cujos damos não se ficam pelo mundo virtual, mas transpondo-se para a realidade de uma forma traumática.

Na nossa história recente já vimos alguns episódios que recomendam cautela aos usuários e exigem regulamentação, para esta realidade que agora se nos apresenta, como protecção das pessoas e empresas, pouco ou muito avisadas em matérias de segurança.

Termino dizendo que o computador ou a internet são inofensivos sendo os homens os responsáveis pela feição que elas tomam.

Nobre Cawaia